Deus: “Vovôninguém”, “colecionador de prepúcios”; a igreja: uma “italiana”, "uma mastigadora de cadáveres”; as mulheres: “repasto da serpente”; o exército: “ que minha pátria morra por mim”; a Irlanda (mas poderia muito bem ser o Brasil): “raça de roceiros”, “raça de debochados”, "espelho rachado de uma criada”, "porca velha que devora a sua ninhada” ... “os padres exploram vocês, seus dirigentes são todos vendidos..." "sua própria família não escapa do massacre, como, por exemplo, o pai: estudante de medicina, campeão de remo, tenor, ator diletante, policial exaltado, pequeno proprietário, pequeno capitalista, grande beberrão, bom sujeito, secretário de não sei quem, meteu-se numa destilaria, foi coletor de impostos, faliu e agora vive a louvar o seu passado.”
O amor? "Uma bobagem." Nada de amor nas suas histórias, cujas heroínas, desde a frágil Emma Clery a astuciosa Anna Livia, serão ou bobas, como Gertie Mac Dowell, ou sem vergonhas, como Marion Bloom, ou monstros, como Bella Cohen. Pérfidas, sádicas, venenosas, obcecadas sexuais, e tudo com muito entusiasmo, por que elas terão por função, como observa Richard Ellman, “dividir os machos” e escolher sempre o lado mais vil: a carne contra o espírito, o Gaélico contra o inglês, Cranlu contra Stephen... Quanto aos amigos, se não lhe cobiçam a mulher é por que lhe cobiçam a filha, o dinheiro ou o guarda comida. Todos parasitas, intrigantes, cínicos, enfim: traidores. Assim como na obra de Shakespeare ressoa a nota do banimento, na de Joyce a traição predomina."
“Não podemos mudar o país, então mudemos de assunto.” (deveria ter guardado esta para uma derrota do Lula)
Um suspiro depois de um longo caminho e penso em todas as vezes que me equivoquei tentando controlar ou oprimir sem aceitação completa e incondicional da vida... Vejo tão diferente.... Neste momento votar leve e sem esperança entendendo que reeleito ou não o psicopata burro com apoio da crentinice, a democracia fracassou neste pais. Os retrocessos virão ainda mais com o próximo congresso, onde leis e práticas progressistas serão substituídas por limitantes e preconceituosas (mais que tudo hipócritas). Os ciclos se iniciam e impulsionam os seguintes: "a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa". Até no senado, foi tudo pro espaço. Votar no Safatle ou na bancada feminista, tanto faz. "Para um homem de bem, a indiferença pode ser uma religião." "Que o mundo «está infestado com a escória do género humano» é perfeitamente verdade. (...) Parece-me que o escritor não deveria tentar resolver questões como a existência de Deus, pessimismo, etc.