Minha primeira namorada abandonou o grupo de literatura que montamos, por que enviei um post com o poema do Fernando Pessoa O Guardador de rebanhos... Fiquei um pouco decepcionado.
Diz o poema: "estúpido como a igreja católica." E este é o motivo.
Não consigo me imaginar detestando a obra do Caravaggio por que ele era cristão. Ou por que era assassino. Não sou menos apaixonado pela música do Mozart por ele ter escrito um Requiem. Repensando a atitude é bizarra. Pro que queremos achamos desculpas, pro que queremos procuramos pretextos.
Poderia dizer sobre ela: sã de espírito, amoral, fertilizável, inconfiável, cativante, perspicaz, limitada, prudente, indiferente. A carne que sempre diz “Sim”! E tudo sempre com muito entusiasmo.
Sincera e justa em minúcias, por teimosia em geral, em maior escala, na atitude total perante a vida insincera. O caráter de um gato: predador disfarçado de animal de estimação. Expansiva de um jeito meigo, como se flutuasse dado sua proximidade com seu deus único e pessoal. Algo podia ser pior?
Rido de tudo no final. Ela é extremamente doce e frágil, mesmo me dizendo que é crua. Não suporta as tristezas e os fardos. Ocupa cada minuto do tempo para esquecer as dores, fuga interminável. Girls just wanna have fun. Vale tanto pra ela quanto pra mim: vontade de potência e nada mais...
A fé a permite realizar o que é. Somos o que somos. Encontramos na vida argumentos pra reafirmar o que somos. Pretextos... A igreja não busca nada... Regrediu com o Papa João Paulo II... Criou barreiras imaginárias dentro da filosofia de vida do Cristo contra tudo o que não reafirmasse dogmas convenientes a estrutura perpetuação do poder e relevância. As pessoas, nunca são estúpidas como a Igreja católica, por que nós não temos dois mil anos pra continuar exercendo o direito a estupidez, institucionalizando e esquecendo o que pregava o Cristo - nós melhoramos.
Comentários