Faz falta ler e estar em casa. Música, espaço, vista, cozinhando, filmes. Até video Game. Estrelas. Silêncio. Água no quintal. Permanecer olhando pras plantas. Dormir quando escurece.
Logo chega. E nada muda e tudo é diferente sempre. Porque tudo no final é incrível e comum.
Mensagens de algum conhecido de vez em quando.
Um primo muito saLdável de Brasília manda algo sem propósito e no mínimo obtuso, mas engraçado.
Uma amiga, a primeira e mais antiga, que já confundiu as coisas e que por algum motivo virou uma tosca sobrevive em um péssimo casamento com um bicho do mato em nome dos filhos e acha que todos os casais são como eles...
Não há muito mais.. uma vidinha pequena mais valiosa pra mim. Meus pais moram em outro pais, em local sem acesso e não tenho irmãos, só um ou outro primo em terceiro ou quarto grau que vivem outra realidade. Nem parente algum do lado da Clau, nem mesmo um primo em segundo grau.
Fico mais preocupado por termos esta família pequena por conta das meninas.
O que deixei de ser e perdi? Até onde iria se não tivesse me conformado?
Escutei outro dia que existem pessoas inteligentes e boas votando no psicopata citizen X. Me abstenho de usufruir desta companhia tão nobre! Muito nobre ser sustentado por milícias e dirigir o país com o carisma e a percepção de um pinguço de churrasco e a inteligencia de um asno. Detesto quem me rouba a solidão sem em troca oferecer companhia..
A música na pandemia é Cais do Milton feat Amaro Freitas.. Para sair Mozart, piano 23.
Sempre Rostro, Glenn Gould, Bach. O cravo bem temperado e as variações Goldberg. Impossível algo melhor.
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