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Mostrando postagens de junho, 2004

Como falar sobre a religião?

Como contraponto ao texto de Raimon Panikkar ... Como falar sobre a religião? "Eu gostaria de começar com a bela peça de Samnuel Beckett, 'Esperando Godot'. Ela é absurda, como absurda é a vida, mas o verdadeiro absurdo da vida, se compreendido profundamente, torna-se uma indicação para alguma coisa . Indefinivel. Além das palavras. A cortina se levanta: dois vagabundos estão sentados e esperando Godot. Quem é esse Godot? Eles não sabem, ninguém sabe. Mesmo o Samuel Beckett, quando uma vez lhe perguntaram quem era esse Godot, disse, 'Se eu soubesse, teria dito na própria peça'. Ninguém sabe, isso é um gesto Budista. Mas a palavra Godot soa como Deus (God, em inglês), o que é significante. Quem conhece Deus? Quem alguma vez o conheceu? Quem pode dizer, quem pode proclamar: 'Eu conheço'? Toda informação é tolice, e aquele que proclamar que conhece Deus, é simplesmente estúpido. Godot soa como Deus (God), o desconhecido. Ele pode ser tudo, ele pode ser nada. E

Nove maneiras de como não se deve falar de Deus

Encontrei este texto em uma página na internet. O tradutor procurava responder a alguns questionamentos que surgiram no seu blogger, por isto não quis excluir o prefácio do tradutor, tornava o texto mais coerente. Em um próximo post (sem data prevista) tentarei colocar algumas objeções (perdoe-me se peco de tanta pretenção) as idéias aqui colocadas. Sobre o tradutor http://proverbiota.blogspot.com/ Coincidência extraordinária, o blogger dele começa exatamente com a mesma frase que o meu. No principio era... Imagens recorrentes. O texto em inglês está em http://www.aril.org/panikkar.htm   "Algumas intervenções sobre Deus suscitaram comentários e críticas às quais fiz chegar minhas "respostas", sabendo de antemão que nunca eliminaria quaisquer dúvidas. Também nunca foi essa a minha intenção: não quero convencer ninguém. Contudo, desejaria que ao menos ficasse entre mãos dos que me vêm aturando um texto síntese das minhas motivações. Pensava elaborar um quando me caiu no m

Por que não passamos de robôs biológicos

Já a algum tempo vem sendo desenvolvidas pesquisas que procuram criar softwares controlados pela mente. Este é só mais um passo em direção ao óbvio: em algum tempo (sei lá quanto!) começaremos a programar o cérebro humano. Sim! Começaremos a desenvolver software capaz de interagir com o comportamento das pessoas. Isto é o futuro. Isto está muito mais perto do que se pensa. E há quem fale em alma. Queria descobrir onde ela está. "Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina." A dualidade do pensar, mente e corpo, esta Descarteada. =) Vale pra tudo: "Isto passará."

Sabedoria

Quando Gautama Buda viajava de um lugar a outro, alguns poucos discípulos iam à frente e anunciavam na cidade: - Buda está chegando, mas por favor não façam aquelas onze perguntas. E uma daquelas onze perguntas era: - Por que a vida existe? Uma outra era: - Quem criou o mundo? Naquelas onze perguntas, toda a filosofia estava contida. Na verdade, se você abandonar aquelas onze perguntas, nada sobra para ser perguntado. Buda costumava dizer que essas eram perguntas inúteis. Elas não eram respondíveis, não porque ninguém soubesse a resposta. Elas eram irrespondíveis pela própria natureza das coisas. Um grande filósofo, Maulingaputta, veio até Buda e começou a fazer algumas perguntas... Perguntas após perguntas. Buda ouviu silenciosamente por meia hora. Maulingaputta começou a se sentir um pouco embaraçado porque Buda não estava respondendo, ele estava simplesmente sentado ali, sorrindo, como se nada tivesse acontecido, e ele havia formulado pergunt