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Mostrando postagens de abril, 2002

Chato (III)

O Incrível é que sou cristão demais na minha maneira de pensar. Não mudou isto em nada. É o belo e o ideal. Isto esta me sufocando as vezes. Neste mundo pede-se gente sem caráter. Pede-se um galinha bem idiota e egocêntrico. Que nada. Besteira. Sei o tipo de felicidade que busco. Sei do tipo de paz que busco. Vou comer uns chocolates agora. Filosofar abobrinha da fome de chocolate. Quanta inutilidade... Vou trabalhar para terminar logo este site!

Chato (II)

Tenho muitos colegas e alguns amigos. Me assusta o fato de não confiar no caráter senão de dois ou três e mesmo assim dos que são mais malas. Religiosos meio neuróticos ou coitados. Prefiro mil vezes um mala assim, fiel a si ou ao que acredita do que as ervas e os matos que vejo por aqui e por ai. Crescem e não pensam senão no umbigo. Só falam de sexo ou de alguma bobeira estes filhos da puta. Nada de útil. Nem preocupação política, nem nada. Não da ibope nada. "Tudo é só guerra e luxuria, nada mais entra em moda." disse apropriadamente o maior dos poetas. Sexo? Já fiz por puro tesão, mas me acho tão patético depois que não vale a pena... O poeta mais perspicaz impressiona com a filosofia do martelo. A que derruba os ídolos. Mas o que virá? Este bando de idiotas não saberá o que é estética, transmutar valores... Que maldição nascer nesta época. Mas todas são iguais. É só por que hoje estou de mal humor. Fazia tempo que não ficava chato como estou nestes últimos dias. T

Chato (I)

As vezes é insuportável estar vivo. Acho muito complicado ficar vivo. Me aborrecem os jogos, as mentiras, as máscaras, a ignorância. Devo estar ficando um sociopata, não consigo mais não me irritar com o que vejo ao meu redor. Minha tolerância esta diminuindo. Não consigo assistir tv sem me irritar com a propaganda norte americana, a falta de opinião firme e o niilismo dos que conseguem ter idéias mais abrangentes. Com a promiscuidade sendo pregada com a bandeira da liberdade (meu Deus, me diga quem é livre, onde esta a merda do livre arbítrio! Será que ninguém pensa?). Com os gênios e mártires que se multiplicam. Idéias medíocres. Ídolos por todos os lados. Deuses, santos, gênios, artistas brilhantes! E as mulheres? Querem um idiota que as faça rir, um palhaço ou um panaca que as sustente. As vezes, se são independentes são mais machistas que o mais idiota dos homens. Sim. Tudo por si mesma. Egoísmo disfarçado. Quando não são dondocas, patricinhas, modeletes estúpidas até o ultimo

Pessimista(I)

Estou enchendo o saco de uma colega pra que ela escreva no blogger também. Ela é uma boa leitora do Nietzsche e uma boa cristã. Acredite, nunca achei isto possível. Nada de muito especial estes dias. Uma idéia vem martelando a minha cabeça, mas ela só aparecerá aqui quando não for apenas uma idéia. Esta tomando o meu tempo, bem, vamos ver o que virá. Um colega - Rogério - acho que ele não se importara se eu contar - esta conhecendo uma Mônica. Já avisei pra ele: - Cuidado rapaz, este nome ja não deu certo comigo duas vezes! =-)) hahhaha Se fosse uma Eteuvina pelo menos, mas Mônica!, não dá certo =-)) Na verdade preciso parar de procurar espelhos. Se ela não sabe quem é Kierkgaard e menos ainda Godard, e daí?! Sendo alegre e tendo algo na cabeça... Mas precisa ter uma sensibilidade latente. Precisa se emocionar com Kieslowski e querer destrinchar o sentido oculto das coisas. Ter os requisitos de um bom leitor do Nietzsche; segundo ele mesmo: -Integra nas coisas do Espírito até as ultima

Não lembro

Não lembro onde li "Descobrir qual o verdadeiro sentido da vida já que um dia vou ter que morrer."

Descrente

"Quando observo as limitações que cerceiam as forças ativas e criadoras do homem, quando vejo como toda a atividade se resume em satisfazer nossas necessidades, que, por sua vez, não visam senão prolongar nossa pobre existência; quando percebo que todo apaziguamento em relação a determinados pontos de nossas buscas constitui apenas uma resignação ilusória, uma vez que adornamos com figuras coloridas e esperanças luminosas as paredes que nos aprisionam - tudo isso me faz emudecer." -Goethe

Livros (I)

Li um trecho do Zaratustra. Não da pra ficar indiferente a tanta sabedoria, tanta profundidade. Não enjôo e releio. Claro que há a megalomania, pretensão; mas há força, ha suor e ha vida humana, o humano mostrado com genialidade pelo psicologo-filosofo. Quanta solidão alguém precisa passar para ver as coisas tão claramente? "Agora eu irei sozinho: oh meus discípulos! ide também vós e sozinhos, assim o quero. Ide para longe de mim e defendei-vos de Zaratustra! melhor ainda, envergonhai-vos dele! Talvez ele vos enganou... O homem que se inclina a consciência não só deve poder amar os seus inimigos, como também deve poder odiar os seus amigos. Recomenda-se mal um mestre se ficamos sempre apenas discípulos. Por que não arrancai as folhas da minha coroa? Eu sou venerado por vós: mas que seria de vós se o objeto de vossa veneração algum dia desmoronasse? Cuidado: não vos deixei esmagar por uma estátua. Deveis ter fé em Zaratustra? Mas que importa Zaratustra? Sois os meus crentes? Mas

Musica (III)

Fiquei completamente absorvido ao escutar música hoje: Elis Regina cantando Sinal Fechado e Glen Gould tocando a variação GoldBerg nº 1. Geniais. A música do Enio Morriconi "Once a Time in West" age dentro de mim, e sinto tudo remoer. Lembro imediatamente da cara da Claudia Cardinalli e tenho vontade de voltar duzentos anos na história me casar com alguém assim e morar isolado no meio do mato. É uma sensação estranha. Pocahontas costuma provocar a mesma coisa. É a fase adolescente que teima em sobreviver. É algo no nosso fiirmware que todos temos. Me auto analizando, imagino que tenha a ver com o preenchimento da ânima que não cuidei direito na adolescência quando era um rapaz ermitão e esquisito. Mas as duas também tem algo de selvagem que caracteriza bem a feminilidade.

Sem o que fazer...

Escrever é uma maneira de espairecer e desabafar. Esquecer por um instante que somos totalmente sós e incomunicáveis. Algumas vezes no ultimo mês tenho me sentido feliz como se houvesse algo a me guiar intimamente, algo a me tocar de maneira profunda. Aquele "cantar a cantiga do infinito em uma capoeira." "Ouvir a voz de dEus em um posso fundo." Escutar o que há de mais intimo e verdadeiro, me sentir uno, completo e feliz. É como se de repente estivesse abrindo os olhos. Vindo o que vier, havendo o que houver só dependo de mim mesmo para ser feliz. Só dependo da minha paz interior, do ponto imutável que permeia as novelas do Sr Kafka, algo que nunca compreendi muito bem ate hoje e não sei exatamente como verbalizar. É o olhar de fora sem perder a mobilidade e a espontaneidade. É a vida com a intensidade do Falstaff, a vivacidade da Rosalind e a franqueza consigo do Harry Haller.

Cotidiano (I)

O fim de semana foi muito legal, sábado fiquei com a Clau bastante tempo, curtimos bastante. Ontem a mesma coisa. Ganhei um perfume, sem motivo aparente que não o de me agradar, ela foi bem legal. Talvez possa ser uma companheira, ás vezes sinto que temos bastante afinidade. Hoje. Vai saber o que se passa na cabeça de cada um. Nossos setimentos mais nobres não passam de egoísmo disfarçado.

Cinema (I)

Falemos de filmes. Assisti um daqueles que ainda viram cult de modeletes profundas. Inicio da carreira bem planejada do Tom Hanks, Joe contra o vulcão, é um filme levemente pretensioso, mas correto no geral. É interessante, para os que querem se sentir menos idiotas do que na verdade são, escutar a Loira Ryan dizer: "a maior parte das pessoas esta dormindo. Alguns poucos estão acordados e ficam maravilhados ao olhar ao redor. São os que estão realmente vivos." Como disse, vale a pena assistir, pra sessão da tarde. Bem, um dia o Steven Spilberg resolveu esquecer do bla-blá-blá pra Judeu ver, das histórias sobre racismo (seus melhores filmes sem dúvida) e dos contos para pirralhos. Não conseguiu. Começou bem, no meio parecia o ET e no final quando parecia que ia ter uns lapsos de genialidade, ficou no lugar comum. Se eu esquecesse da música ruim, do cara narrando e do excesso de cenas redundantes explicativas (seria outro filme portanto) podia pensar que ele afinal teria lido o

Musica (I)

Estava escutando a trilha sonora do filme "O piano". Que músicas lindas. Scent of love é talvez a minha preferida. Densa, triste, bem de acordo com meu atual senso auto destrutivo. Só achei que as músicas começam melhor do que terminam, como os livros do Kafka. Parece que o sentimento vai se esvaziando pouco a pouco.

Sobre o Blogger

Bem, eu to meio sem novidades. Ah, tem algo, nesta semana fiz o curso para voluntário do CVV. No tempo que resta eu tenho estudado pros concursos publicos... Eu só tenho pique pra escrever quando to a fim de sacanear, ironizar e esculhambar.... =))

Efeitos do excesso de tempo livre?

Passou um bom tempo e continuo buscando a mesma coisa: unidade na pluralidade que é meu coração. Me encontrar. Depois de me perder dentro dos mil labirintos que criei, descobri que não havia porta para destrancar, dragão pra matar nem princesa a encontrar. Mesmo assim o tédio me vence. O marasmo me vence.

Caros Amigos

José Arbex Jr e o Israelense Michael Warchawski fazem duras críticas a Israel de maneira sólida e inteligente na revista Caros amigos. Mas eles não sabem o que falam. Eu tenho muita raiva destes palestinos, destes árabes. Claro! Eles são um povo mau! Mataram muita gente no WTC. Ficam fazendo atentados em Israel e matando gente a troco de nada. Poxa. Os EUA então, o que tem com isto? Nunca fizeram nada contra pais nenhum. Eles fazem coisas boas, criam industrias, dão empregos pra gente. Eles só invadem aqui ou ali pra defender o seu povo, no interesse do bem. artigo "Warchawski, nascido em 1949, em Estrasburgo, de uma família de judeus ortodoxos, vive em Jerusalém desde 1965, onde cursou a escola talmúdica. Em 1984, fundou o Centro de Informação Alternativa (AIC – Alternative Information Center), com base em Jerusalém e Belém, uma ONG de palestinos e israelenses. Casado, pai de três filhos, foi preso em 1987 por “apoio a organizações palestinas ilegais”. Dois anos mais tarde, f

Ao amor perfeito

Um dia quando acordei tendo consciência de que minha inocência era insustentável, escrevi algo tolo e pretensioso, que julguei verdadeiro por falar sem medos de algumas das minhas sensações e angústias. Soa para mim como um grito desesperado da nossa condição humana, do nosso isolamento irremediável. "A todos os que me amam e aos quais eu amo, aos que sentem mais do que pensam e aos que acreditam nos sonhos como únicas verdades." No mínimo estranho, escrever um texto para quem ainda não conheço. Não sei quando foi exatamente que tive esta idéia, mas foi depois de perceber a diversidade, as mil possibilidades que a rede permite, e que aqui seria um lugar, como qualquer outro, para conhecer alguém interessante. Pensei em escrever várias coisas sobre quem eu procurava, que fosse alguém culta, sincera, que tivesse compaixão, que fosse alegre, mas acho que isto é muito genérico para se escrever, isto realmente não fala muito sobre alguém. Cultura não torna ninguém melhor, since

Sites e Bloggers

Tava lendo uns textos, uns bloggers agora. Quando vejo aquelas mensagens melosas já adivinho, algum homem com dor de cotovelo. Quando começa aquela longa descrição de sensações, aquela enxurrada de egoísmo e de amor por si ja adivinho alguma menininha de 15 a 30 anos capaz de fazer tudo por si mesma mas sem a menor compaixão ou amizade por ninguém. Mas achei uns bloggers escritos por pessoas que estão vivas também. http://omeninoazul.weblogger.com.br/ http://aindaimbecil.weblogger.com.br/ Estava lendo a folha agora. O MAIS tinha uns dois artigos interessantes, mas tudo tratado com pressa, escrito de ultima hora, impresso na ultima hora... Cadê o nosso Otto Maria Carpeaux?! Outro dia escutei alguém brincar que se pudesse mandava clonar a Xuxa pra quando ficasse velho. Que besteira! Bucetas são todas iguais, se a intenção for apenas gozar. A diferença é quando a infeliz abre a boca. Sexo por sexo... Pra que? Além disto velho agüenta alguma coisa? Geralmente somos incendiários a